Sou a Ana, mãe de 3 meninas lindas: a Sara e a
Joana, as minhas princesas gémeas de 3 anos, e a Sofia, a minha
princesinha mais pequenina, com 3 semanas e meia.
Ser mãe, foi sempre, para mim, um sonho a realizar. Sinto que nasci para ser mãe.
No
entanto, foi das experiências que mais me ensinou na vida. Ensinou que
nem tudo é certo, e nem tudo é como pensamos ou sentimos ou queremos, ou
mesmo, idealizamos.
Quando decidimos ser
pais, o médico passou-me exames (os normais que se fazem quando se
planeia um filho). Estava tudo ótimo, segundo os resultados.
Mas
não estava. Passaram meses e meses e eu não engravidei. Nem menstruava.
Nada. Ia ao médico e estava tudo bem. Era uma questão de paciência.
Passou 1 ano e eu pensei: não é uma questão de paciência. Continuada sem
sequer menstruar. Fui pedir uma segunda opinião e tinha razão. Não era
normal. Foi aí que começou a batalha. Exames e exames e não se sabia a
causa, mas os ovários estavam estagnados. Não menstruava porque nem
sequer ovulava. Era como se fosse uma menopausa. Mas eu tinha 26 anos. A
médica encaminhou-nos para uma clinica de fertilidade (entretanto
tinham passado quase 2 anos). Na CETI fomos muito bem acompanhados.
Iniciaram os tratamentos de fertilização. Passaram 3 meses de tratamento
com injeções em que não podemos avançar com o tratamento porque tinha
mais do que um ovulo grande e o médico aconselhou a não fazer, pois o
risco de gémeos era enorme – ao 4.º mês fizemos a 1.ª inseminação e não
engravidei. Mas no mês seguinte, tinha apenas 1 ovulo grande e outro
muito pequeno. Foi o nosso mês. Estava grávida! Não vos consigo dizer a
felicidade que senti – sentimos. Por mais que tente, não há palavras que
o descrevam.
E para nosso espanto (sim,
espanto, porque o médico tudo fez para não termos gémeos) eram mesmo
gémeos! Ou melhor, gémeas :=) o segundo ovulo cresceu o suficiente para
poder fecundar. E as nossas gémeas tinham 3 dias de diferença :=) eram a
Sara Miguel e a Joana Miguel. A gravidez correu toda bem. Enjoei muito.
Os primeiros 3 meses foram quase de cama e hospital a soro. Herdei esta
genética de enjoos da minha mãe. Mas fora isso, tudo correu bem. E
nasceram as minhas princesas. Apesar do cansaço eu não podia estar mais
feliz. O primeiro ano das minhas pequeninas foi a mudar fraldas e dar
comida eh eh. Tiveram algumas cólicas mas passados esses primeiros meses
as pequeninas cresceram sempre bem e posso dizer-vos: ter gémeos não é
tao difícil como pode parecer. Uma pessoa adapta-se. Os gémeos são muito
desenrascados. As minhas princesas com 2 anos já não usavam fraldas,
por exemplo.
Em Junho de 2013 veio a surpresa
das surpresas: estava grávida de novo! Sem planear. A tomar a pilula.
Apesar da surpresa, ficamos muito contentes. Acreditam que fiz 3 testes
de gravidez!? Como se fosse preciso! No entanto, nem tudo foi fácil. A
gravidez da Sofia correu lindamente. Mas os enjoos foram ainda piores do
que a primeira gravidez. E durante mais tempo. Estive internada 1
semana. Passei a minha semana de ferias de verão internada. Perdi a
praia e as brincadeiras das minhas princesas. E não foi nada fácil.
Posso dizer-vos que foi a parte mais difícil que já passei, desde que
sou mãe. A Sofia sempre esteve ótima e eu também. Mas os malditos enjoos
não me deixavam comer nada, e ainda vomitava muito. E desidratei.
Passou aos 5 meses e meio de gravidez. Ou seja, passei todo esse tempo
sem conseguir quase cuidar das minhas pequeninas. Eu que sempre fui
independente com elas. Não foi mesmo nada fácil. Mas passou e as minhas
filhas perceberam e ajudaram muito. Ainda hoje ajudam. E apesar de ter
ficado marcada com essa altura, agora olho para a Sofia e tudo valeu a
pena.
As irmãs adoram-na e quase nem parece
que tenho 3 filhotas! Vejo isso na casa desarrumada e na roupa para
lavar e passar lol. Mas fora isso não me posso queixar. As irmãs mais
velhas brincam muito as duas. E já têm alguma independência. A Sofia é
uma bebe LINDA, veio completar a nossa família :=)
Sou uma mulher muito feliz. Ser mãe destas 3 princesas é simplesmente MARAVILHOSO.
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